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Uma Práxis Educativa à Luz Da Psicologia Social

Clemilda Santana da Silva


O Centro Interdisciplinar de Estudos Grupais Enrique Pichon   Rivière, ao longo da sua História tem colocado a Psicologia Social a serviço da Educação e vem desenvolvendo trabalhos com professores onde  a semelhança entre os aspectos abordados e desenvolvidos na Escola estão fundamentados na teoria que desenvolve.

Assim, é importante apresentarmos os aspectos significativos similares à prática educativa. A Psicologia Social lida com a análise dos processos de comunicação e aprendizagem, como instrumento de apreensão da realidade. Na escola, aprendizagem e comunicação são básicos para a construção do conhecimento, tendo como base os processos de ensinar e aprender.

Estes processos exigem interação entre os participantes – professor/aluno onde é necessário equilíbrio e uma relação bastante dialógica, para que o protagonismo entre esses atores aconteça. A concepção de aprendizagem como práxis, permite-nos a possibilidade de conceber tal processo como um aprender a aprender e um aprender a pensar, o que nos remete à concepção de caráter instrumental que se apoia em uma teoria do pensamento e do conhecimento, que operam em um contexto socioambiental.

Neste processo é importante a aprendizagem de caráter vincular, que é fundamental para a articulação entre professor, aluno, gestores, pais e toda comunidade escolar. Sem vínculo, não há aprendizagem.

Esse vínculo possibilita o conhecer entre os sujeitos que se integram para a construção da tarefa, para a construção do conhecimento, tendo o grupo operativo como propulsor dessa construção. Nessa concepção outro conceito bastante significativo para a Psicologia Social é A Vida Cotidiana e Crítica da Vida Cotidiana.

A vida Cotidiana influencia e determina a vida da escola. O que se passa na sociedade é um indicador dos reflexos da vida escolar a exemplo   do que aconteceu no momento da Pandemia, que fez suspender aula, mudar calendário estabelecer novas formas de ensino, nunca experimentada por toda comunidade escolar evidenciando, a partir da vida cotidiana, os vários papéis exercidos pelo homem no contexto social, simbolizado nas várias profissões.

Assim, os instrumentos da Psicologia Social são vivenciados o tempo todo na Escola por se constituir espaço de interação e aprendizagem, onde as relações se fundamentam a partir dos vínculos estabelecidos pelos seus integrantes, onde o conceito de homem como ser biopsicossocial, ser de necessidades, é evidenciado.

Neste sentido, a História de cada sujeito deve ser ponto de partida e aí, cada professor, cada aluno chega com sua mochila representativa da sua historicidade, das necessidades a serem desvendadas, para que o processo a aprendizagem aconteça.




 


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